Confecção de exsicatas botânicas como recurso didático para o ensino de educação ambiental
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Resumo
O Brasil se destaca globalmente por ter a maior riqueza de espécies do mundo, com inúmeros biomas que sustentam a vida através de serviços ecossistêmicos, conservação e uso sustentável de seus recursos, além de um vasto patrimônio genético. Dentre esses biomas, encontra-se o Cerrado, caracterizado pela elevada biodiversidade e que sofre intensa degradação ambiental atualmente. Nesse contexto, a Educação Ambiental torna-se uma ferramenta essencial para a conservação e a transformação social, ao articular saberes científicos e tradicionais, buscando uma melhor relação entre o ser humano e a natureza. Com base nisso, este trabalho investigou o impacto de uma abordagem pedagógica interdisciplinar na percepção ambiental de estudantes de Licenciatura em Biologia do Instituto Federal de Brasília, Campus Planaltina (IFB-CPLA), com foco na valorização da flora nativa do Cerrado e no uso de exsicatas como recurso didático para a Educação Ambiental (EA). A metodologia incluiu quatro etapas: aplicação de um questionário qualitativo inicial sobre a percepção dos alunos em relação às plantas nativas; realização de uma aula expositiva dialogada sobre conceitos de EA e a relevância das exsicatas; atividade prática de coleta e confecção de exsicatas em área próxima a uma unidade de conservação, com posterior identificação das espécies coletadas; e, por fim, reaplicação do questionário para avaliar a eficácia da intervenção. Os resultados indicaram um aumento significativo no conhecimento dos estudantes sobre a importância ecológica, medicinal e alimentar das plantas nativas. Observou-se, contudo, dificuldades persistentes em distinguir entre plantas nativas e exóticas, bem como lacunas no reconhecimento das relações entre plantas e tradições culturais ou mitos. Além disso, houve uma redução na percepção dos alunos quanto à sua participação direta em práticas de conservação, o que sugere a necessidade de experiências mais concretas que articulem teoria e ação. Conclui-se que a intervenção teórica contribuiu positivamente para a ampliação do conhecimento sobre a flora nativa, reforçando a compreensão dos serviços ecossistêmicos e do valor prático da biodiversidade. As limitações identificadas, especialmente no campo dos saberes culturais e etnobotânicos, indicam a necessidade de estratégias pedagógicas mais vivenciais e integradoras, como trilhas ecológicas, jardins etnobotânicos e a produção de materiais didáticos pelos próprios alunos. A confecção de exsicatas mostrou-se especialmente promissora por estimular a pesquisa e a conscientização. Ao integrar essas coleções ao acervo de um herbário universitário, o aprendizado se transforma em uma contribuição concreta para a pesquisa científica e a conservação ambiental.

