Memórias e culturas escolares do Ensino Médio Integrado: tensões identitárias presentes nas narrativas dos egressos do IFTM Campus Patrocínio
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Resumo
A trajetória da educação profissional no Brasil é marcada por um dualismo histórico, que relega aos trabalhadores uma formação precária, aligeirada, voltada ao mercado de trabalho, enquanto reserva às elites uma formação mais abrangente, responsável por garantir a manutenção nas posições de poder. Em um contexto em que se observa ataques ao projeto da escola democrática, inclusiva e universal, é necessário compreender as identidades e o papel de instituições e pessoas para o fortalecimento da educação. O objetivo deste trabalho é analisar as culturas escolares de jovens egressos e egressas do ensino médio integrado, a partir de suas vozes e memórias, e sua contribuição para a construção de identidades no IFTM Campus Patrocínio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que se articulam quatro etapas metodológicas: a revisão de literatura, a aplicação de questionários, a realização de entrevistas conforme abordagem metodológica da história oral e o tratamento de todos os dados por meio de análise de conteúdo. Após o estudo das categorias inferidas na metodologia, sustentadas pelas bases conceituais, os resultados apontaram para a correlação entre lugares de memórias e os elementos das culturas escolares, que possibilitam a construção de identidades no EMI. Esse processo de identificação, por sua vez, permite entender que os sentidos atribuídos à formação integrada pelos ex-estudantes aproximam-se dos princípios da EPT e dos objetivos preconizados nos documentos da modalidade, embora o ingresso, geralmente, tenha sido objetivado pela busca de uma educação de qualidade, voltada para a continuidade dos estudos. Os relatos credenciam os IFs, por meio do EMI, como locus e possibilidade para a travessia em direção à superação da dualidade educacional histórica e rechaçam o discurso neoliberal e fundamentalista do fracasso do ensino médio. Infere-se que, em um cenário de políticas educacionais que servem ao mercado, em detrimento da concretização do projeto da escola universal e da formação omnilateral, consolidar o EMI à educação profissional depende, também, do incentivo à participação e do reconhecimento das identidades de todos os atores e atrizes da comunidade acadêmica, notadamente da valorização das trajetórias de vida dos jovens estudantes e egressos.