Vozes autistas no Ensino Médio Integrado: percepções sobre as práticas avaliativas no IFB
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Resumo
A presente dissertação buscou analisar os processos de avaliação para as aprendizagens dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista nos cursos de ensino médio integrado do IFB. A fundamentação teórica articula estudos sobre inclusão, TEA, organização do trabalho pedagógico e avaliação para as aprendizagens. Com base em uma abordagem qualitativa, de natureza aplicada e delineada como estudo de caso, a pesquisa envolveu a análise de documentos institucionais e legislações, a aplicação de questionários aos membros dos Núcleos de Atendimento à Pessoa com Necessidades Específicas (NAPNE) dos campi do IFB e entrevista com estudantes autistas. Na análise documental os resultados apontam que a partir do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2024-2030, o atendimento multidisciplinar aos estudantes com TEA demanda uma estruturação mais robusta e reflexiva, visando à efetividade da inclusão e ao pleno desenvolvimento dos alunos. A implementação de políticas institucionais claras e a formação continuada dos docentes são fundamentais para consolidar o IFB como instituição inclusiva e inovadora. Na Instrução Normativa nº 01/2024, observa-se que o atendimento multidisciplinar encontra-se em estágio inicial, demandando aprofundamento reflexivo e ações estruturadas. A ausência de professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) em todos os campi compromete a efetividade do atendimento, evidenciando a necessidade de investir na formação docente e na criação de ambientes escolares que cada vez mais valorizem a diversidade. Em relação ao questionário pode-se inferir que embora haja compromisso por parte da equipe institucional com a inclusão, persistem desafios, especialmente relacionados à ausência de formação continuada dos servidores, à escassez de práticas avaliativas acessibilizadas e à fragilidade na compreensão da diversidade por parte da comunidade escolar. Os estudantes relataram acolhimento no ambiente escolar, mas destacaram a necessidade de maior suporte emocional e acessibilidade nas avaliações. A pesquisa conclui que a promoção de práticas avaliativas inclusivas demanda atuação integrada entre os setores da instituição, a presença de profissionais qualificados para o atendimento dos estudantes autistas, a formação docente continuada e a escuta ativa dos estudantes. Como produto educacional, foi elaborado o E-book Vozes Inclusivas: relatos de estudantes autistas sobre as práticas avaliativas na Educação Profissional e Tecnológica, com o intuito de fomentar reflexões críticas e subsidiar práticas pedagógicas mais acessíveis e humanizadas. Os achados evidenciam a urgência de reconfigurar a avaliação, valorizando a diversidade dos modos de aprender e se expressar, por meio de estratégias como a prática articulada com a teoria, instrumentos avaliativos diferenciados, apoio de monitores (quando necessário) e ambientes mais acolhedores, promovendo autonomia e engajamento dos estudantes autistas.

