O ser surdo e o narrar-se: letramento e ensino da língua portuguesa para pessoas surdas

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2024

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Resumo

Para o ser surdo, o ensino da Língua Portuguesa se apresenta como um desafio, tendo em vista a especificidade que ele pode não a ter como primeira língua, assim como é para os/as demais estudantes ouvintes e para o docente. A relação que se dá, em uma escola de ouvintes, com as pessoas surdas é de hierarquização da Língua Portuguesa sobre a Língua de Sinais, da articulação oral sobre a sinalidade (Strobel, 2015). Nesse sentido, este estudo se orienta pela tentativa de responder a seguinte questão: como as narrativas do ser surdo podem servir como recurso metodológico para o letramento e o ensino de língua portuguesa como segunda língua? O objetivo central desta pesquisa é coletar e analisar as narrativas dos sujeitos a respeito da sua identificação e experiência enquanto ser surdo estabelecendo uma relação de como elas podem contribuir para o letramento do português como língua adicional para jovens e adultos surdos. Com essa finalidade, analisam-se as experiências escolares dos sujeitos, compartilhadas nos encontros do grupo focal e no registro das entrevistas semiestruturadas, além de avaliar a aplicação de uma proposta de letramento por meio de uma sequência didática em que as narrativas foram e são centrais no processo educativo. Assim, a coleta de dados se deu por meio de análise bibliográfica, do grupo focal e das entrevistas semiestruturadas. A abordagem da pesquisa é de base qualitativa e os procedimentos metodológicos adotados centraram-se na pesquisa-ação. Os dados coletados foram sistematizados a partir das categorias que emergiram nas narrativas dos participantes surdos: identidade, escola, trabalho e letramento. Assim, tais categorias foram analisadas a partir de uma visão crítica da linguagem como constitutiva do sujeito através das relações sociais, históricas e culturais, com base no materialismo histórico dialético. Foram adotadas como percurso metodológico para a criação da sequência didática (SD), o produto educacional desta pesquisa, a noção de material educativo e os seus três eixos fundamentais: o eixo conceitual, o pedagógico e o comunicacional (Kaplún, 2003); e o processo de desenvolvimento de produtos e serviços Design Thinking (Farias e Mendonça, 2021). Os resultados apresentados evidenciam que a prática de leitura, em contextos nos quais se inserem as narrativas surdas, como recurso metodológico, pode ser vista como um caminho útil para a aprendizagem e para o letramento, uma vez que se possibilitam, por essa prática, o contato com novos vocábulos e os significados distintos em contextos diversos. Reafirmando, assim, que o ensino de português não deve estar desvinculado do uso da linguagem na prática social e nem desconsiderar as questões identitárias, culturais e linguísticas dos sujeitos surdos.

Descrição

Áreas do conhecimento (CNPq)

CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO

Referência

XAVIER, Lucas Nogueira. O ser surdo e o narrar-se: letramento e ensino da língua portuguesa para pessoas surdas. 2024. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica) — Instituto Federal de Brasília, Brasília, 2024.

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