Danelon, Mariana SchievanoMota, Amanda de Jesus2025-05-192025-11-042025-11-042025-05-192025-11-042025-11-04MOTA, Amanda de Jesus. Percepção de risco de consumidores de queijo tipo minas frescal do Distrito Federal. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Alimentos) — Campus Gama, Instituto Federal de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.ifb.edu.br/handle/1/1769Produtos lácteos, entre eles, os queijos, estão entre os principais veículos de agentes causadores de surtos alimentares no mundo, devido ao seu rico valor nutricional, ao conteúdo de água disponível e ao seu processamento, que inclui etapas que, se feitas de maneira incorreta, possibilitam a contaminação por microrganismos. Um dos agentes que impulsionam a produção de alimentos microbiologicamente seguros é o consumidor. Atender às suas exigências e expectativas é fundamental para se obter um produto considerado de qualidade. No entanto, este nem sempre está consciente dos riscos envolvidos no consumo de alimentos. Há diferenças entre os riscos mensurados de forma objetiva, por meio da avaliação de condições higiênico-sanitárias durante as etapas de produção, e os riscos percebidos pelo consumidor na escolha de alimentos. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo identificar se consumidores de queijo minas frescal se atentam aos riscos à saúde envolvidos no consumo desse tipo de produto. Para tanto, foram entrevistados 150 indivíduos, abordados nos espaços públicos da Esplanada dos Ministérios, Brasília-DF, utilizando-se questionário envolvendo itens sobre percepção de risco, práticas adotadas quanto à aquisição e ao consumo de queijo minas frescal e variáveis socioeconômicas. Foram realizadas análises descritivas e testes não paramétricos para a comparação de médias, considerando nível de significância de 5%. Entre os resultados, o público entrevistado foi composto por maior proporção de homens (66,0%), com idade entre 26 e 40 anos (42,0%), com ensino superior (51,3%). A maior parcela (56,0%) possuía um consumo esporádico de queijo minas frescal (até 3 vezes por mês). O local de compra mais comum foram os supermercados e mercados (56%), seguidos da aquisição diretamente com o produtor, em feiras e varejões (47,3%) e do comércio ambulante (28,7%). A maioria dos entrevistados adquire o queijo inteiro, em embalagem fechada (76,7%), em pontos de venda que possuem balcão refrigerado (83,3%) e, no domicílio, mantém o produto na geladeira em recipiente próprio com tampa (64,0%), realizando o consumo entre 2 e 6 dias (62,6%). A percepção de risco à saúde no consumo de queijo minas frescal foi reduzida, com média de 2,4 (± 1,6), em uma escala variando entre 1 = nenhum risco e 7 = risco muito alto, sendo que 47,3% dos entrevistados afirmaram não perceber qualquer risco à saúde ao consumir este tipo de produto. Maior preocupação dos consumidores foi observada quando questionados sobre o consumo de queijo minas frescal que apresenta limosidade superficial (média de percepção de risco igual a 6,6 ± 1,1), proveniente de uma embalagem estufada (média de 6,0 ± 1,7) e que fica armazenado fora da geladeira no domicílio (média de 5,6 ± 1,9). Menos riscos envolvidos foram identificados para as situações em que o queijo contém líquido (soro) na embalagem (média de 3,1 ± 2,0) e que permaneceu fora da refrigeração por mais de uma hora, entre o transporte do local de compra e a residência (média de 3,6 ± 1,9). Foram observadas diferenças significativas (p< 0,05) entre as percepções de risco microbiológico e as variáveis sexo, faixa etária e estado civil. Conclui-se que expressiva parcela dos consumidores negligencia os riscos microbiológicos do consumo de queijo minas frescal e que são necessárias estratégias para comunicar adequadamente sobre os riscos e auxiliar o público consumidor nas escolhas alimentares.porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/Percepção de riscoAlimentos - ContaminaçãoQueijo - ConsumoPercepção de risco de consumidores de queijo tipo minas frescal do Distrito Federalbachelor thesisCIENCIAS AGRARIAS